quinta-feira, outubro 01, 2009

O Poder da Aparência Pessoal

Poder pode ser definido como a capacidade de influenciar o comportamento dos outros. Há inúmeras formas de Poder, do económico ao político, do retórico ao coercivo. Neste breve artigo irei descrever o poder da aparência pessoal. Talvez lhe seja útil, caro leitor, aprender como pode influenciar o comportamento dos outros manipulando apenas a sua maneira de se apresentar.
Comecemos pela integração num determinado grupo, aquele no qual pretende conquistar poder. Nunca escolha uma aparência que seja demasiado diferente da norma do grupo. Repare na maneira como se vestem, no cabelo, nos gestos e nas opiniões. Procure mimetizar os padrões que o ajudarão a ser aceite pelo grupo. Depois, observe os critérios que lhe darão um estatuto superior (marcas de roupa, acessórios, etc). Use, sempre que possível, os símbolos de status próprios do grupo. Exceptuando as comunidades juvenis, um cabelo curto e bem tratado dar-lhe-á um aspecto credível. As pessoas confiam mais num homem com o cabelo bem aparado, penteado e fixo do que num cabeludo de aspecto negligé, que é muitas vezes sinal de desleixo.
Se quiser passar uma imagem de maturidade acrescente umas ligeiras entradas brancas ao seu penteado. Nunca pinte o cabelo todo de branco ou com fios brancos dispersos, uma vez que pode ser interpretado como sinal de velhice ou decadência.
Sorria sempre que possível. Um sorriso abre portas. Faz com que uma pessoa seja mais atraente aos outros e facilita a criação de empatia.
Quando gesticular use gestos abertos. As suas mãos devem partir de dentro para fora e mantenha a região peitoral exposta, a sobressair na sua figura. A pose revela quase tudo. Um indivíduo encolhido e de gestos tímidos passa despercebido ou é desvalorizado. Um sorriso descontraído, gestos abertos e o peito para fora exprimem audácia, cativam o público e elevam um orador ao estrelato.
Escolha bem as cores do vestuário que vai utilizar. Opte por uma cor que condiga consigo. Pergunte a pessoas de confiança qual é a que lhe fica melhor. Nunca faça do seu corpo uma miscelânea de cores. Vista-se todo da mesma cor ou, no máximo, duas. Prefira cores neutras ou frias consoante o seu objectivo. Pode optar por tecidos com ou sem brilho, dependendo do impacto que quer causar no público. A classe política prefere usar fatos azuis-escuros por transmitirem sobriedade e rigor. São agradáveis à vista e encaixam no estereótipo do “colarinho branco”, o gestor que trabalha arduamente num escritório ou gabinete.
A diferença entre um político e um empregado de escritório (ou funcionário de um banco) está no fato que cada um usa. Os políticos optam pelo azul-escuro acetinado. São fatos que “marcam”, impressionam quem os vê. O vulgar funcionário de escritório veste fato e gravata porque é a farda obrigatória e isso nota-se. A gravata mal escolhida, o corte do casaco que não assenta totalmente, o xadrez horrível de alguns tecidos, revelam o subalterno e diferenciam-no do governante, membro da oligarquia, senhor das decisões principais.
O bigode é hoje em dia um anacronismo. No passado era um símbolo de masculinidade e servia para disfarçar narizes pouco estéticos. Actualmente ninguém quer usar bigode. Esconde parte da expressão facial e aparece associado às classes sociais mais baixas. O homem contemporâneo dispensa a pilosidade facial e os arcaicos pelos do peito a sair da camisa, que dão uma aparência kitsch se forem complementados por um cordão dourado, com ou sem crucifixo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para muita gente a aparência é o que mais pesa na hora de se formular uma opinião acerca de alguém.