quinta-feira, dezembro 24, 2009

Como Proteger o Seu Computador ou a Sua Página na Web (para iniciantes)

Comece por imaginar que a sua propriedade (PC ou Web Site) constituem uma cidade que pode estar sob ameaça de ladrões ou invasores. Eu costumo explicar este processo recorrendo à Guerra de Tróia. O seu papel é o de monarca troiano, a quem compete zelar pela segurança da cidade. Os gregos seriam os oponentes, aqueles que querem tomar conta do que não lhes pertence.
A primeira barreira é a muralha que, em princípio é inexpugnável. São os portões (bem guardados) que controlam as saídas e entradas. No caso de um computador, à muralha dá-se o nome de firewall. A firewall é um programa que, uma vez instalado no seu computador vigia o tráfego entre o seu PC e o mundo exterior. Há comunicações autorizadas e outras que são simplesmente barradas. Portanto, esta é a primeira linha defensiva e que merece toda a sua atenção. Há firewalls gratuitas e outras com valor comercial. Eu cá prefiro a Zone Alarm porque a minha experiência me diz que funciona lindamente e não é nada complicada de gerir. E ainda por cima é gratuita. Mas vale a pena experimentar outras. As mais avançadas vigiam todos os programas instalados no computador e, de cada vez que um tenta entrar em contacto com o exterior, perguntam ao utilizador se autoriza ou não que a comunicação seja estabelecida. Ainda há algumas, mais completas, que protegem a integridade dos seus programas. Sempre que um dos seus programas está em vias de sofrer uma transformação, a firewall interrompe o processo e pergunta ao utilizador se autoriza que o programa seja modificado.
Como não há muralhas perfeitas (e a Guerra de Tróia demonstrou isso mesmo, uma vez que foi ludibriada pelo célebre cavalo de madeira construído por Ulisses), tem que haver um policiamento no interior da cidade (do PC neste caso). O papel do antivírus é precisamente policiar o seu computador à procura de programas invasores que tenha conseguido ultrapassar a muralha defensiva. A firewall e o antivírus complementam-se na tarefa de manter o seu sistema seguro. O que não falta no mercado são antivírus, que variam na marca e no preço. Para se entender a qualidade de um antivírus, parta dos seguintes critérios: precisão na detecção de programas indesejáveis. Alguns detectam mal (ou não detectam) a presença de vírus e outros produzem falsos alarmes a torto e a direito, o que deixa o utilizador quase paranóico, com a sensação que estão a aparecer ameaças de toda a parte. O meu preferido é o Kaspersky. É fácil de configurar e tem uma precisão espantosa. Detecta todas as ameaças e não emite alarmes falsos.
Há programas especializados em detectar ameaças muito específicas, para além dos vírus. Hoje em dia, a detecção de todo o tipo de programas maliciosos já vem incluída no antivírus.
Mantenha sempre os seus programas actualizados, especialmente o antivírus e a firewall. Ainda está para nascer um programa sem falhas e são precisamente esses pequenos “defeitos” que os hackers exploram para invadir seu computador. A maioria das empresas de software disponibiliza frequentemente actualizações que visam corrigir pequenos erros que podem ser explorados por hackers.
Tenha cuidado com as páginas que visita na Web. Os que têm pouca credibilidade, lançam muitas vezes programas maliciosos para o computador do visitante. Os sites pornográficos costumam ser os mais inseguros.
As recomendações que delineei até agora são suficientes para o comum utilizador, aquele que não tem no computador documentos com valor económico ou informações que carecem de secretismo.
A maioria dos hackers são adolescentes que dominam técnicas básicas de invasão. Só conseguem invadir sistemas desprotegidos com utilizadores inexperientes. Perante uma boa firewall e um bom antivírus eles são completamente impotentes,
Os outros hackers, que têm conhecimentos avançados de informática e que, muitas vezes trabalham em equipa, não vão despender o seu precioso tempo a invadir o computador do vizinho. Querem é obter informações que os ajudem a ganhar dinheiro.
Portanto, o invasor tem quase sempre a dimensão do sistema que pretende atacar. Os miúdos querem é atacar sistemas e dar cabo de páginas web para depois se andarem a gabar aos amigos, convencidos que são uns autênticos génios da tecnologia. Os outros atacam empresas, corporações, sistemas governamentais e regem-se pela lei do silêncio.
Assim sendo, ao utilizador comum resta-lhe seguir as recomendações já descritas, para fazer a sua vida de cibernauta em paz e sossego.
Certifique-se também que a página do email onde insere o nome de utilizador e a palavra-passe é mesmo legítima, porque pode ser deparar com uma página igualzinha mas que foi criada pelo hacker para obter os seus dados confidenciais.